Conheça as doenças que podem afetar a audição

O ouvido é um órgão complexo e dividido em três partes: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno. Além de detectar, amplificar e transmitir sons, exerce função muito importante de manter nosso equilíbrio.
Devido a essa complexidade várias doenças podem afetar, direta ou indiretamente, nossa audição. Conheça as doenças auditivas mais comuns.
- Perda Auditiva: Pode ocorrer de forma parcial ou total, em um ou em ambos os ouvidos, e classifica-se em três tipos: condutiva, sensorioneural e mista.
– Condutiva: Causada por rolhas de cera, otite externa, tumores, problemas de membrana timpânica e de cadeia ossicular.
– Sensorioneural: Resulta de infecções virais, labirintite, lesões nos nervos auditivos, ruídos, uso de certos medicamentos ou envelhecimento.
– Mista: Combina causas condutivas e sensorioneural.
- Otite: As otites são as inflamações mais comuns que acometem frequentemente o ouvido externo e/ou médio. A causa pode ou não envolver processos inflamatórios, podendo surgir a partir da entrada de água no ouvido ou de um processo alérgico, como a rinite, por exemplo.
- Labirintite: As labirintites são doenças que afetam parte do órgão interno da audição, também conhecido como labirinto. Seus principais sintomas são tonturas, náuseas, dores de cabeça, dentre outros. Pode ser causada por diversos fatores, como lesões no ouvido interno (associadas ou não às perdas auditivas), diabetes, alterações na coluna ou cardiovasculares, problemas emocionais, consumo excessivo de álcool e tabaco etc.
- Zumbido: Afeta uma a cada cinco pessoas, e muitas vezes, está associada a perda auditiva. As causas podem variar, podendo derivar da ausência de som, em decorrência da redução da acuidade auditiva ou mesmo, distúrbios metabólicos, vasculares, alimentares, entre outros.
- Ototoxicidade: Esse quadro leva a lesões no ouvido interno, que geram a perda parcial ou total da audição. Pode ser temporário ou permanente e, normalmente, é causado pelo uso de substâncias químicas e fármacos.
- Doença de Ménière: A doença de Ménière é caracterizada pelo excesso de líquido no labirinto, chamado de endolinfa e que envolve a estrutura do equilíbrio e da audição. A perda auditiva se manifesta de modo progressivo, podendo chegar a uma anacusia (surdez completa). As causas podem estar relacionadas à complicações da hipertensão, diabetes, enxaqueca ou doenças autoimunes.
- Colesteatoma: Um colesteatoma é um cisto benigno, mas expansivo, que se forma no ouvido médio, geralmente devido a uma infecção crônica ou a problemas na tuba auditiva, pode ser congênita, que evolui e corrói as partes do ouvido médio, seus ossículos (martelo, bigorna e estribo) e tomando a base do crânio. Em 98% dos casos, os pacientes com colesteatoma sofrem de secreção contínua, infecção, zumbido, dor de cabeça e perda auditiva.
- Síndrome de Usher: Síndrome de Usher é uma doença genética que além de afetar o ouvido, é responsável pela perda gradativa da visão. Os sintomas incluem perda auditiva, degeneração da retina, que leva a perda de visão periférica prejudicando o equilíbrio.
- Otosclerose: A otosclerose é uma doença com característica hereditária, progressiva, e degenerativa, que evolui com afixação de um dos ossículos do ouvido médio, chamado estribo, reduzindo sua mobilidade e afetando a transmissão do som. O tipo da perda auditiva observada, inicia-se com características condutivas de variados graus, podendo evoluir para uma perda sensorioneural com o curso avançado da doença.
- Neuroma do Acústico: É um tumor benigno, raro e que atinge o nervo acústico, responsável por conduzir estímulos do ouvido interno ao cérebro. A causa exata não é totalmente conhecida, mas geralmente está associada a mutações genéticas que afetam as células de Schwann, que envolvem e protegem os nervos A maioria dos casos é esporádica, sem uma causa identificável, mas a neurofibromatose tipo 2 (NF2) é uma condição genética rara que aumenta significativamente o risco de desenvolvimento de neuromas acústicos, frequentemente bilaterais.
- Infecções virais: As infecções virais causam 3% das perdas auditivas neurossensoriais súbitas. Algumas causas são: O vírus da mononucleose (Epstein-Barr); O vírus da parotidite epidêmica (paramixovírus); O herpes zoster; O herpes simples; O enterovírus; O adenovírus; A influenza; A parainfluenza; O citomegalovírus (CMV); O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
Agora que você já conhece algumas das patologias que podem acometer o sistema auditivo fique alerta aos sinais mais comuns que as pessoas acometidas apresentam. Dentre eles, estão:
- Pedidos frequentes para que os outros repitam o que foi falado;
- Relatos de pessoas do convívio que dizem que o indivíduo não ouve bem;
- Volume alto de dispositivos como TV ou rádio;
- Dificuldade para entender conversas com ruídos ao fundo;
- Dificuldade de acompanhar conversas em grupo;
- Dificuldade na identificação e localização da origem dos sons.
Como você pode perceber, muitos dos sintomas podem envolver prejuízos sociais, para além dos prejuízos à saúde.
É fundamental consultar um otorrinolaringologista, que é o médico especialista no diagnóstico e tratamento de doenças do ouvido, nariz, laringe, garganta e pescoço. Esse profissional atua tanto na parte clínica como na cirúrgica.
Conte com a Audibel nessa jornada, nós oferecemos soluções completas com tecnologia de ponta e profissionais capacitados para cuidar da sua audição.
Procure já a Audibel mais próxima de você e agende um teste auditivo gratuito.
Fonte: https://vidasaudavel.einstein.br, https://hospitalsaomatheus.com.br/blog e Acoustic Neuroma – StatPearls – NCBI BookshelfSciELO Brasil – Epidemiology of middle ear and mastoid cholesteatomas: study of 1146 cases Epidemiology of middle ear and mastoid cholesteatomas: study of 1146 cases
Autora: Fga. Jennifer Alves Sousa | Revisão: Fga. Amanda Giorgetto
Deixe um comentário