24 out 2023

Saúde Auditiva Infantil: Como cuidar da audição das crianças?

Nos primeiros anos de vida, a audição é o sentido essencial para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças. Além de estimular o processo de linguagem, comunicação, pensamento, inteligência e raciocínio, é de fundamental importância para seu desenvolvimento psicossocial. Qualquer alteração auditiva pode ocasionar atraso no desenvolvimento da linguagem, assim como na leitura e escrita, além de dificultar a interação social e comportamental da criança.

Segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Otologia, aproximadamente 10% das crianças que já frequentam a escola apresentam algum tipo de deficiência auditiva. De acordo com pesquisas da Organização Mundial de Saúde, apenas no Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas apresentam algum grau de deficiência auditiva, sendo que destas, 350 mil apresentam perda total de audição.

Esta é uma questão preocupante que deve ser alvo de atenção, principalmente dos pais, pois, a audição é de extrema importância para que a interação e comunicação familiar aconteça. Quando a comunicação com a criança é comprometida, podemos suspeitar da existência de um problema de audição.

O comitê internacional Joint Committee on Infant Hearing propõe recomendações relacionadas à saúde auditiva infantil, e refere que os indicadores de risco para a deficiência auditiva são provenientes de intercorrências pré, peri e pós-natais.

Algumas patologias são classificadas como indicadores de risco para deficiência auditiva, tais como, infecções congênitas, predisposição genética, prematuridade, infecções bacterianas ou virais pós-natais, dentre outras. Neste caso, é fundamental que o bebê recém-nascido participe da triagem auditiva neonatal e realize o teste da orelhinha, de preferência, nas primeiras 48 horas de vida e seguir seu protocolo de acompanhamento.

De acordo com a Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, uma em cada mil crianças nasce surda (sem resposta aos sons) ou com algum grau severo de perda auditiva. Ficar atento aos sintomas é o melhor caminho para uma intervenção precoce favorecendo uma vida saudável e de qualidade para as crianças e adolescentes.

A avalição auditiva faz parte dos cuidados com a audição de recém-nascidos e crianças. Embora os problemas auditivos graves sejam raros na infância, os exames de rotina ajudam a identificá-los logo no início de seu aparecimento, facilitando as possibilidades de tratamento.

Ao longo da infância, a audição do seu filho poderá ser testada nos seguintes momentos:

• Após o nascimento: a triagem auditiva neonatal, também chamada de teste da orelhinha, realizada nos primeiros dias de vida. Esse exame é fundamental para identificar a perda auditiva congênita.

• De 7 meses a 2 anos: com o crescimento da criança, é importante realizar nova avaliação auditiva para analisar como está o seu desenvolvimento.

• De 4 a 5 anos:  à medida que ingressam na escola, pode ser necessário realizar uma nova avaliação auditiva.

Além das avaliações formais, a audição da criança pode ser verificada a qualquer momento e, embora os testes auditivos façam parte da rotina das crianças durante seu desenvolvimento, ainda é essencial que os pais fiquem atentos aos sinais de problemas. Muitas vezes, os sintomas não são percebidos apenas pela diminuição da capacidade auditiva, mas também pelo desenvolvimento da linguagem, comportamento e outros aspectos.

A prevenção da perda auditiva é possível e pensando nisso, reunimos alguns cuidados essenciais e simples que podem ajudar:

  • Vacine a criança contra meningite, sarampo e caxumba.
  • Fique atenta(o) a alguns sintomas que o bebê pode apresentar: febre, inquietação, perda de apetite, vômitos. Esses sinais podem indicar desde uma simples infecção como otite, ou quadros mais graves, como a meningite.
  • Evite a exposição contínua do bebê a brinquedos que produzem ruídos acima de 70 decibel. Um brinquedo de plástico pode produzir um ruído de 95 a 103 decibel. Certifique-se sempre que os brinquedos e livros musicais são de boa qualidade e certificados pela ANVISA.
  • Evite manter seu filho em ambiente refrigerado. O ar frio afeta a mobilidade dos cílios do aparelho respiratório, que deixam de “varrer” os germes causadores de infecções.
  • Não fume na presença da criança, pois a fumaça do cigarro irrita as mucosas do nariz e da garganta, deixando-as mais propensas a doenças.
  • Depois do banho, seque bem a orelha do seu filho. Ao usar hastes flexíveis tome cuidado para limpar apenas a parte externa da orelha (pavilhão auricular). Não as introduza no canal auditivo.
  • Objetos introduzidos na orelha podem causar infecções. Permita que a criança tenha acesso apenas a brinquedos adequados a sua faixa etária, sem partes que se soltem.
  • Se você for expor os pequenos em grandes eventos, shows ou celebrações com fogos de artifícios e bombas é importante que a criança esteja protegida com uso de protetores auriculares.
  • Evite que a criança faça uso de fones de ouvido e dê preferência por reproduzir os sons pela caixa de som dos dispositivos. 

Alguns sinais de perda de audição na infância podem ser percebidos com mais facilidade do que outros. Por isso, é necessário sempre observar com atenção se a criança:

  • Solicita repetições com frequência, exclamando: O quê? Hã?
  •  Só reage quando se grita com ela ou a sons de forte intensidade.
  • Apresenta dificuldade de integração nos ambientes que frequenta.
  • Tem problemas de socialização na escola.
  • Mantém-se muito perto da TV para assistir os programas.
  • Fica desatenta ou em silêncio quando a mãe se dirige a ela.
  • Apresenta ausência de fala com 1 ano de idade. Aos 7 meses, o bebê já deve imitar alguns sons ou sílabas. Com 1 ano a criança com audição normal diz algumas palavras e aos 2 já domina cerca de uma centena de palavras.

Note que estes sinais podem se apresentar desde o nascimento até a fase da adolescência. Estes são somente alguns dos sintomas. Caso note a presença de outros ou  desconfie que a audição da criança possa estar afetada, não hesite em leva-la a um médico especialista em audição – otorrinolaringologista – que em conjunto com um fonoaudiólogo, profissional capacitado para avaliar, identificar e classificar o tipo e o grau da perda auditiva, poderá traçar o plano de tratamento mais adequado. Em grande parte dos casos, a adaptação de aparelhos auditivos é a opção mais indicada.

O uso de aparelhos auditivos na infância e adolescência será um grande aliado no desenvolvimento da fala e aprendizado de forma geral, e para isso, você pode contar com a Audibel.

A Audibel é especialista há 40 anos no tratamento da saúde auditiva por meio da adaptação de aparelhos auditivos. O trabalho é desenvolvido em três etapas: seleção, avaliação e adaptação do aparelho auditivo, para que tudo esteja adequado para seu uso, garantindo uma melhor qualidade de vida ao seu usuário. Além disso, a Audibel conta com uma equipe qualificada e treinada para proporcionar a melhor experiencia em atendimento para seus pacientes e familiares.  

Fontes:

Cuidando da audição de seu filho – Educador Brasil Escola (uol.com.br)

Revista Meu Nenê: https://www.gazetadopovo.com.br/conteudo-publicitario/fono-center-curitiba/aparelho-auditivo-infantil/

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